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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

28 DE JULHO, O REENCONTRO COM MEUS FAMILIARES E AMIGOS

Fui removida do hospital público para o particular. Enquanto a maca transitava pelos corredores, fechei meus olhos para não ver aqueles olhares que insistem em nos examinar dos pés à cabeça, e comentários que nos julgam. Afinal neste dia, tanto no momento em que eu estava caída na pista como no momento em que entrei no hospital ouvi várias murmurações e especulações sobre meu modo de pilotar, minha falta de prudência etc... Todo mundo acha que sabe como vc é e como age... enfim... basta eu saber que em 16 anos de habilitação nunca provoquei nenhum acidente e sempre fui muito prudente no trânsito... chata até demais!

Um médico me disse que tinha uma “comitiva lá fora” mas eu não esperava que tanta gente assim estivesse lá.

Na saída, ainda “grogue” e com os olhos fechados senti uma mão pegando em minha mão e uma voz bem longe me perguntando: Você consegue me ouvir?

Era Eduardo, meu esposo. Nunca vou me esquecer do semblante dele. Ele estava arrasado! Abri os olhos e sorri pra ele tentando tranqüilizá-lo, mas foi em vão... então vi meu pastor que também segurou em minha mão e me disse que estava tudo bem e que todo mundo ali estava comigo. Tinha muita gente... Fui reconhecendo alguns rostos, outros eu não consegui... Vi minha "irmãe" Aldenice com a cara inchada de tanto chorar... perguntei pela minha filha e vi Douglas dizendo que ela estava na casa dele brincando com sua filha, a Gabi (ou, como minha filha diz: Dabi).

Vi irmão Robson, que tem um braço amputado. Disse a ele: “Agora nós somos colegas!” e ri... foi quando todos entenderam que não era uma perna amputada que ia tirar minha alegria de viver, nem meu amor por Deus nem por todas as coisas que Ele me dá.

Todos riram, foi um bálsamo no coração dos meus amigos e irmãos, pois alguns achavam q eu sairia arrasada, deprimida... eu saí brincando e comemorando por estar viva! Por ter sobrevivido a um acidente grave.

Poderia ter ficado paraplégica, tetraplégica, em estado vegetativo... a moto poderia ter batido em minha coluna ou em minha cabeça... sei lá... tanta coisa pior poderia ter acontecido... mas eu estou viva e não canso de dar glórias a Deus por isso! ALELUIA!!!

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